Peça de teatro «O FIM» vai cruzar artes no Cineteatro Louletano

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«O FIM» vai subir hoje ao palco do Cineteatro Louletano cruzando várias artes: teatro, música, dança, performance e novo circo.

A nova criação da companhia de teatro Momento – Artistas Independentes, «O FIM», chega hoje, sexta-feira, dia 12 de maio, às 21h00, ao Cineteatro Louletano, em Loulé, na sexta-feira, 12 de maio, às 21h00.

Com encenação de Diogo Freitas, o espetáculo parte do texto inédito «A Velhice», de Gonçalo M. Tavares, e dá continuidade ao trabalho de cruzamento de artes que a companhia tem vindo a explorar, com teatro, música, dança, performance e, desta feita, uma novidade, o novo circo.

Patenteando um espaço poético, não representativo, com quatro vozes que nele habitam e descobrem aquele universo, o espetáculo gira em torno do tema «fim», englobando os seus vários aspetos: o fim como término; como novo começo; como uma etapa de um ciclo; como centro do mistério e especulação; como infinito; como algo poético; como algo palpável; como ideia de desespero; como ideia de alívio; como esperança; como união; como separação; como vazio; como preenchimento; como objetivo; como inevitável.

Através da experimentação, da pesquisa teatral e do cruzamento de áreas, a jovem companhia de teatro Momento – Artistas Independentes tem vindo a procurar uma nova linguagem artística.

No texto do reconhecido autor Gonçalo M. Tavares, o coletivo encontrou uma parceria «verdadeiramente simbiótica em pontos tão importantes do seu trabalho como o passado VS presente ou a poesia VS crueza», apontam.

Sinopse:

Quatro almas vagueiam por aquilo que é, aos nossos olhos, a sala de espera de um hospital. Cada uma tem uma razão muito forte para ali estar e, talvez, para habitar aquele espaço para todo o sempre, como se congelassem o instante lúcido em que se apercebem estar mais próximas da Morte – a fiel companheira.

Ecoando como um grito de desespero, de loucura, de força e de vulnerabilidade, as transformações nas suas vidas individuais passadas coletivamente naquela sala branca acabam por revelar que, na verdade, só a Morte é o verdadeiro melhor amigo do Homem.

Assim, do pálido realismo ao saturado surrealismo, o espetáculo representa as fases da vida que forçam o recordar daquilo que, como seres humanos, melhor gostamos de esquecer: a efemeridade da vida.

E que doloroso é relembrar que estamos só a uma palavra do nosso próprio fim.