PCP preocupado com utentes sem médico de família em Lagos

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Em nota enviada às redações, o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) questionou o governo sobre quais as medidas que estão a ser implementadas para que no concelho de Lagos, todos os utentes possam ter médicos de família e para quando se pretende atingir esse objetivo.

Em julho de 2016, o PCP, após uma visita ao Centro de Saúde de Lagos, alertou o governo para os problemas naquela unidade de saúde.

Em particular, foi denunciado o elevado número de utentes sem médico de famílias, exigindo-se «a adoção de medidas urgentes para ultrapassar o problema e garantir o acesso aos cuidados de saúde primários no concelho», lê-se em nota de imprensa enviada às redações na segunda-feira, dia 24 de junho.

Ainda segundo o mesmo, na altura, o governo respondeu com a afirmação que «a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS Algarve) se encontrava a implementar um conjunto de medidas com vista a melhorar e reforçar a prestação de cuidados a todos os doentes que procuram as unidades de saúde da região, incluindo as existentes no concelho de Lagos».

Quase dois anos depois, em maio de 2018, por iniciativa do Grupo Municipal da CDU, a Assembleia Municipal de Lagos pediu à ARS Algarve informação atualizada e concreta sobre o número de utentes sem médico de família.

Em resposta, apenas em setembro do mesmo ano, pode ler-se no comunicado que «a ARS Algarve informou que o Centro de Saúde de Lagos contava com 18 médicos, 16 dos quais com especialidade em Medicina Geral e Familiar, e que 77, 7 por cento dos 33.143 utentes inscritos tinham médico de família atribuído».

Acrescentando ainda que «estima-se que muito em breve, a percentagem de utentes com médico de família atribuído seja de 92, 6 por cento em todo o concelho».

Nove meses depois, o PCP pretende verificar agora se o objetivo definido pela ARS Algarve fora realmente cumprido. Nesse sentido, o Grupo Parlamentar questiona o Governo, por intermédio do Ministério da Saúde que responda à questão.

E que em caso de resposta negativa sejam esclarecidas quais as medidas a adotar para o cumprimento desse mesmo objetivo.

Por fim, o PCP interroga o governo sobre quando é que serão atribuídos médicos de família à totalidade dos utentes do concelho de Lagos.