Marinha detém cidadãos clandestinos em navio mercante no Algarve

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Dois cidadãos clandestinos foram detidos pela Marinha Portuguesa e a Polícia Marítima, na costa algarvia, por estarem há quase 20 dias ilegalmente a bordo de um navio mercante.

Um navio da Marinha Portuguesa e o Grupo de Ações Táticas da Polícia Marítima, da Autoridade Marítima Nacional, em articulação com a Unidade Nacional Contra-Terrorismo da Polícia Judiciária, lançaram uma operação de abordagem ao navio mercante «Vestwind», com bandeira portuguesa, na madrugada de ontem, quinta-feira, 22 de junho, ao largo da Costa do Algarve e procederam à detenção de dois cidadãos clandestinos que haviam entrado a bordo uns dias antes.

A ação conjunta foi desencadeada na sequência de um pedido de socorro do capitão do navio, o qual, juntamente com a restante tripulação, estavam a ser vítimas de ameaças graves contra as suas vidas e contra a segurança da embarcação.

Os detidos, indocumentados, respetivamente com 23 e 24 anos de idade, entraram no navio no dia 8 de junho, no Porto de Izmir, na Turquia e, desde que foram detetados, «demonstraram uma atitude não colaborante com a autoridade do navio, passando a assumir comportamentos ameaçadores contra a tripulação», lê-se no comunicado de imprensa enviado à redação do barlavento.

De acordo com o mesmo documento, no percurso marítimo entre a Turquia e as águas territoriais portuguesas, «o comandante do navio solicitou sucessivos pedidos de apoio e assistência, para proceder ao desembarque dos dois clandestinos, diligências que, apesar de insistentes não obtiveram acolhimento, de diferentes países».

A ação conjunta e coordenada com a Autoridade Marítima Nacional, permitiu que a Polícia Judiciária realizasse um vasto conjunto de atos de recolha de prova na embarcação em referência, fundamentando a indiciação da prática de crimes de atentado à segurança de transporte por água, introdução ilegal em lugar vedado ao público, ameaça agravada e permanência ilegal, em território nacional.

Os cidadãos clandestinos, agora detidos, serão presentes a primeiro interrogatório judicial para a aplicação de medidas de coação, tidas por conveniente, junto do Tribunal de Instrução Criminal de Faro.