Lançado Fundo de investimento para o turismo no interior em Monchique

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Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo Comércio e Serviços visitou Monchique para lançar fundo de investimento para o turismo no interior.

O secretário de Estado do Turismo Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, visitou Monchique no âmbito das sessões informativas do «Roteiro + Interior Turismo», na quarta-feira, dia 12 de julho.

Esta visita protocolar iniciou-se nos Paços do Concelho e teve como intuito apresentar as novas linhas de financiamento e as iniciativas para a valorização turística do interior, promovidas pelo Turismo de Portugal, em colaboração com o município de Monchique e o Turismo do Algarve.

A comitiva oficial visitou igualmente as obras do futuro Parque de Lazer e Recreio de Marmelete, um equipamento que vai potenciar fortemente aquela aldeia e o concelho, na qualidade de vida dos residentes e no reforço substancial da oferta turística. Uma promoção da Junta de Freguesia de Marmelete, com investimento total de 442 mil euros, apoiado pelo turismo de Portugal em 101 mil euros e pelo município de Monchique em 147 mil euros.

No âmbito desta recepção foi, ainda, referida a integração do Convento da Nossa Senhora do Desterro no programa REVIVE, com perspectiva de solução para valências turísticas e culturais.

De mencionar, igualmente, que a abertura das linhas de apoio e investimento são aplicáveis aos territórios de baixa densidade, que coloca 15 milhões de euros à disposição de empresas que sejam proprietárias de imóveis afetos à atividade turística ou de imóveis a reconverter para turismo, no sentido de tornar a atividade turística deste território num fator de desenvolvimento e de coesão.

Durante o evento, José Apolinário, presidente do conselho diretivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, referiu que a Digitalização e a Sustentabilidade são prioridades do programa regional Algarve 2030.

«Tudo indica que 2023 será um muito bom para o turismo, turismo que neste ano será uma particular alavanca do crescimento económico do país. Também no Algarve. A título de exemplo, na nossa primeira porta de entrada de turistas não nacionais, o Aeroporto Gago Coutinho, em Faro, a confirmarem-se os dados do primeiro semestre, no final do ano, ultrapassaremos os 9 milhões de passageiros registados em 2019. Com efeito, até final de abril deste ano, por comparação com o ano de 2022, já registámos um aumento de 30,9 por cento no número de passageiros movimentados neste aeroporto. A qualidade e notoriedade do destino Portugal, e dentro de Portugal da Região do Algarve, complementados pela qualidade do serviço, pela excelência e crescente diversidade da nossa oferta turística, pela segurança, são atributos que reforçam a nossa especialização no turismo», disse.

«Com a pandemia o desafio foi o de explorar todo o potencial da cultura e do turismo sustentável para a recuperação económica, valorizar a inclusão e inovação social. O sector, as empresas, em articulação e com o apoio das autarquias, em concertação com as entidades nacionais e regionais de turismo, têm demonstrado resiliência e foco na valorização do turismo do Algarve. No Algarve, com os fundos europeus geridos no contexto do Programa Regional ALGARVE 2030, as prioridades nas escolhas são e foram claras».

José Apolinário.

No que toca à sustentabilidade, «o Algarve é a região do país com maior percentagem do território em áreas classificadas, 37 por cento, incluindo a Rede Natura 2000, e estamos crescentemente alinhados com a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2030 das Nações unidas, sendo a sustentabilidade inseparável e indissociável do turismo do nosso tempo. Destaque também para os esforços das empresas e das entidades da Região no uso racional e inteligente da água. Sabemos bem que água é vida e não a podemos desperdiçar».

«Estamos, todos, Estado, autarquias, empresas, a trabalhar para que até 2026, 50 por cento dos campos de golfe usem água reciclada tratada (ApR – Água para Reutilização). Queremos, em conjunto com o Turismo de Portugal, mobilizar recursos e fundos europeus para processos de economia circular dentro de cada unidade produtiva colocando as empresas e o setor do turismo na liderança da economia circular no uso da água, da eficiência energética, na recolha, redução e reutilização de bioresíduos».

Sobre a inovação, José Apolinário referiu que «a inovação do negócio do turismo e viagens na valorização da experiência do cliente, na personalização de serviços, na eficiência operacional, na otimização de procedimentos, na retenção de talento, serão área de inovação a construir com a região e com as empresas. A partir do trabalho e investimento já realizado pelas Autarquias, em articulação com as empresas e suas associações, este é o tempo de ambicionarmos tornar a Região do Algarve como um Destino Turístico inteligente».

No Programa Regional ALGARVE 2030 «mobilizámos verbas e fundos para aumentar ainda mais as qualificações na formação de jovens do ensino secundário e nas escolas profissionais de turismo, bem como nos cursos técnicos superiores de curta duração. Qualificações – Qualificar os recursos humanos para novos patamares de exigência e de qualificação da própria atividade turística».

«O Algarve interior e nas áreas de baixa densidade representam um Algarve natural a explorar. Um Algarve que em algumas zonas do território ainda tem fraca cobertura de internet, sendo o concurso 5G uma resposta que se aguarda com expetativa. Monchique é um bom exemplo desse Algarve natural, de um turismo de natureza, de experiências e paisagens únicas», concluiu.