Lagos acaba de receber a visita de Herménio Celso Fernandes, que assinou um protocolo de colaboração com Hugo Pereira, autarca do município.
O presidente da Associação Nacional dos Municípios Cabo-verdianos (ANMCV), Herménio Celso Fernandes, esteve ontem, quarta-feira, dia 1 de fevereiro, em Lagos, a convite de Hugo Pereira, presidente da direção da Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico (APMCH), e presidente da Câmara Municipal de Lagos.
A assinatura de um protocolo de colaboração entre as duas estruturas associativas motivou a visita.
Na ocasião estiveram ainda presentes Ricardo Franco, presidente do município de Machico e membro do Conselho Fiscal da APMCH, Mário Guerreiro, vereador do município de Lagoa e associado da APMCH, bem como Fernando Borges e Frederico Paula, secretários-gerais da ANMCV e da APMCH.
A parceria agora formalizada tem como objetivo a criação de sinergias através de ações conjuntas ou coordenadas a promover no âmbito de iniciativas, programas e projetos de cooperação que contribuam para o melhor desempenho das respetivas missões, designadamente em matéria de salvaguarda, promoção e valorização dos centros históricos e do poder local.
Na prática, a colaboração entre a APMCH e a ANMCV poderá concretizar-se ao nível da troca de experiências e de informação técnico-científica; da permuta de publicações científicas periódicas e partilha de recursos bibliográficos; da organização conjunta de eventos (visitas de estudo, conferências, colóquios, cursos e seminários); da divulgação das iniciativas de ambas as instituições pelas suas redes de contactos e/ou parceiros; ou numa colaboração direta em projetos e programas de cooperação técnico-científica de interesse comum.
Herménio Fernandes referiu-se à assinatura do protocolo como «um acontecimento muito importante para os municípios de Cabo Verde, dada a oportunidade que os centros históricos representam para a dinamização do turismo e para a atratividade dos próprios territórios, acrescentando-lhes competitividade e impactos positivos para as comunidades».
Recordando os projetos estruturantes para o desenvolvimento resiliente do turismo e economia azul cabo-verdiana que estão a ser desenvolvidos no arquipélago pelo Fundo de Turismo com financiamento do Banco Mundial, o presidente da ANMCV acrescentou que não basta recuperar e requalificar o património.
«É necessário acrescentar conhecimento para garantir uma gestão qualificada dos centros históricos e harmonizar o nível da oferta de serviços disponibilizados ao turista/visitante com o que se pratica em outras geografias, pois só assim se conseguirá gerar efetivamente valor, depositando, por isso, grande expetativa na mais-valia da parceria agora firmada», disse.
Aludindo aos centros históricos como a marca da identidade lacobrigense e um dos mais importantes fatores de valorização e competitividade dos territórios, por impulsionarem como poucos outros o turismo, Hugo Pereira relembrou que esta atividade, enquanto turismo de massas, encerra igualmente perigos suscetíveis de potenciar a destruição desses valores históricos e patrimoniais, «exigindo-se, como tal, uma gestão capacitada e equilibrada», para a qual contribui o trabalho que a APMCH tem vindo a fazer em termos de difusão do conhecimento e da partilha de boas práticas.
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