Jovens garantem visitas diárias aos Faróis de Santa Maria e de Alfanzina

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Dinamização dos equipamentos fica a cargo de 35 jovens voluntários de duas associações em julho e agosto.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Farol de Santa Maria (Ilha da Culatra) vai estar aberto a visitas diárias no verão. O mesmo acontece no Farol de Alfanzina (Lagoa), pelo segundo ano consecutivo.

A responsabilidade da dinamização fica a cargo de jovens voluntários, tal como aconteceu nos anos anteriores.

A assinatura do protocolo entre a Autoridade Marítima Nacional e o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPdJ), com a colaboração das Câmaras Municipais de Faro e de Lagoa, a Associação de Designers do Sul (ADS) e o Lagoa Académico Clube (LAC), decorreu na manhã de segunda-feira, dia 1 de julho, na Capitania do Porto de Faro.

No uso da palavra, o Capitão de Mar e Guerra Cortes Lopes, chefe do Departamento Marítimo do Sul, começou por referir que «é com muito orgulho e privilégio que apresento de novo este projeto. Recordo que tudo começou em finais de 2016 quando nos incentivaram a abrir diariamente o Farol de Santa Maria, no verão, com o apoio de jovens voluntários.

Após contactos iniciais com a Câmara de Faro e com o IPdJ, em julho de 2017, assinámos este protocolo pela primeira vez».

Nesse ano, o Farol de Santa Maria, que somava 1739 visitantes entre julho e agosto de 2016, «totalizou 5519 visitas com este projeto. Ou seja houve um acréscimo de 3780.

O Farol de Alfanzina tinha 122 visitas nos meses de verão, em 2018, com o protocolo, o número aumentou para as 1454», detalhou Cortes Lopes.

Ainda segundo o mesmo, a ideia para a época balnear de 2019, era a de abranger o farol de Vila Real de Santo António a este projeto, contudo «tal ainda não foi possível, pelo que esta ambição fica para 2020».

Já Custódio Moreno, diretor regional do IPdJ realçou a importância dos jovens e do voluntariado: «raramente dá notícia mas hoje é. Durante o verão temos mais de 200 jovens em programas de voluntariado que vão desde a vigilância a florestas, à dinamização destes dois faróis e até o apoio a crianças».

Quanto à possibilidade de se estender o programa a outros faróis, o diretor deixou todas as hipóteses em aberto: «não digo que esteja fora de questão, mas vamos devagarinho. Podem contar connosco e o IPdJ tem orgulho em estar aqui mais uma vez».

Também no seu discurso, Francisco Martins, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, enalteceu o papel do voluntariado para a comunidade.

«O sucesso daquilo em que nos metemos tem a ver com a nossa junção de sinergias e este é um bom exemplo. Se cada um der o pouco que tem, fazemos um mundo. Esta é uma demonstração que vai muito além do ato em si. É dizer que todos juntos podemos fazer o mundo. Quando falamos em voluntariado jovem falamos em cidadania».

Francisco Martins, presidente da Câmara Municipal de Lagoa.

«Temos jovens com muito para dar e com muito para receber e são estas iniciativas que constroem uma sociedade melhor». Por fim, o presidente da autarquia deixou uma mensagem: «Lagoa está sempre disponível para estes projetos em que cada um dá o que tem».

Para Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, «este tipo de edifícios faz parte da nossa identidade e é um legado cultural dos que nos antecederam, que devemos entregar às novas gerações, valorizado na sua preservação e na sua importância. Hoje, os faróis continuam a ser de grande utilidade operacional».

Além disso, Rogério Bacalhau sublinhou ainda o papel dos mesmos para o turismo: «os faróis históricos têm também um potencial turístico. O protocolo permite que essa afirmação se comece a fazer. Desde que este protocolo se assinou, o Farol de Santa Maria teve um acréscimo de visitas em cerca de 300 por cento».

A encerrar a cerimónia, o Vice-Almirante Sousa Pereira afirmou que o projeto «é um sinal de modernidade para a Autoridade Marítima Nacional. Ao abrimos estes edifícios estamos a receber as pessoas e a aproximarmo-nos delas. Por outro lado, procuramos sensibilizar os jovens para aquilo que é a história e a cultura das suas comunidades, mostrando-lhes a importância de uma luz para a comunidade marítima».

Por fim, Sousa Pereira revelou que «espero que este projeto se possa prolongar no tempo e a mais faróis da região. Julgo que temos aqui um bom motivo para sermos mais ambiciosos».

Ambos os faróis começaram a receber visitas a partir de terça-feira, dia 2 de julho que se estendem até ao último dia do mês de agosto.

O Farol de Santa Maria conta com a dinamização de jovens da ADS e o de Alfanzina do LAC. Todas as entradas são gratuitas.