Projeto Horta N´Isso vai ajudar a Associação Algarvia de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas Mentais (AAPACDM) e as famílias carenciadas do concelho. Inaugurou na quarta-feira, 19 de junho, com a presença de Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro e José Leitão, presidente da AAPACDM.
O terraço do Mercado Municipal de Faro conta agora com cerca de 100 metros quadrados de plantações de cebolinho, alface, feijão verde, courgettes, tomilho, tomate, entre outros legumes.
Segundo a autarquia, é uma das maiores hortas urbanas da Europa, além do cariz social, tem como objetivo mostrar às crianças do município como se produzem determinados alimentos.

«Um projeto como este já tem vindo a ser falado desde o início do meu mandato. Perguntei a várias pessoas o que estava nos vasos e a maior parte não me soube responder. Este é um dos objetivos desta horta, trazer aqui adultos e, sobretudo, crianças, e pô-las em contacto com estes produtos para que possam ver o seu crescimento e perceber que há um trabalho por trás da prateleira do supermercado. Muitos de nós não temos ligação ao meio rural e a maior parte destas pessoas nunca contactou sequer com esta realidade», explicou Rogério Bacalhau, no uso da palavra.
Ainda segundo o presidente da autarquia, «há aqui um conjunto de objetivos que levaram a construir esta horta. Estamos no espaço ideal para este projeto. Lá em baixo, as pessoas podem ver nas bancas os alimentos e aqui perceber qual o seu ciclo de vida. Este edifício inaugurou em 2007 e há 12 anos que este terraço está em desuso, até hoje. Esta horta está muito bem aqui e dou os meus parabéns a quem executou a ideia».
Antes de terminar o seu discurso, Rogério Bacalhau deixou um alerta a todos os presentes.

«A questão da alimentação é algo assustador. Conheci uma senhora que tem uma empresa, onde estão em permanente crescimento 10 milhões de frangos. Há restaurantes em Faro que gastam, por semana, uma tonelada de batatas. Quero deixar a consciencialização como último tópico. Os recursos do planeta são limitados e temos de os saber gerir. Na alimentação consumimos números astronómicos. Diariamente, são recolhidas entre 100 a 120 toneladas de lixo orgânico na cidade e somos apenas 64 mil pessoas. Estes dados são importantes para que tenhamos consciência daquilo que estamos a fazer no planeta e o que é necessário fazer para o preservar. Espero que isto esteja sempre presente na nossa atuação», disse Rogério Bacalhau.
Já Jorge Leitão, presidente da AAPACDM, associação responsável pela manutenção da horta, começou por referir que «os nossos meninos estão muito entusiasmados. Este é um desafio que tem muito a ver com o trabalho que fazemos na preparação dos utentes para a vida profissional. São pessoas que precisam de apoio em termos de formalização de contexto ao mercado de trabalho. Os nossos meninos já são iniciados no curso de jardinagem e já têm vindo a desenvolver atividades nesse sentido. Aqui, tudo o que prepararem será destinado à associação».

«Os recursos do planeta são limitados e temos de os saber gerir. Na alimentação consumimos números astronómicos. Diariamente, são recolhidas entre 100 a 120 toneladas de lixo orgânico na cidade e somos apenas 64 mil pessoas. Estes dados são importantes para que tenhamos consciência daquilo que estamos a fazer no planeta e o que é necessário fazer para o preservar. Espero que isto esteja sempre presente na nossa atuação», disse Rogério Bacalhau.
À associação e não só, como alertou Sandra Ramos, presidente da empresa municipal Ambifaro, o excedente da produção reverte para famílias carenciadas do concelho, identificadas pela divisão da Ação Social.
«Portanto quanto mais produzirmos, mais ajudaremos». A presidente revelou ainda que a Ambifaro pretende começar a desenvolver um projeto com todas as escolas do concelho, já a partir do próximo ano letivo.
«A ideia é trazer as crianças ao Mercado Municipal, incentivar o consumo de legumes e explicar a importância destes produtos na alimentação, aproveitando este espaço. Vamos integrar a horta nesse projeto e deixar as crianças pôr as mãos na terra. A AAPACDM vai-nos ajudar nesse sentido. Esta é também uma parte muito importante da nossa horta».

A Horta N´Isso representa um investimento na ordem dos 40 mil euros e foi submetida uma candidatura, na ordem dos 130 mil euros, ao Programa Parcerias para o Impacto do Programa Portugal Inovação Social.
Jorge Leitão, presidente da AAPACDM, associação responsável pela manutenção da horta, começou por referir que «os nossos meninos estão muito entusiasmados. Este é um desafio que tem muito a ver com o trabalho que fazemos na preparação dos utentes para a vida profissional. São pessoas que precisam de apoio em termos de formalização de contexto ao mercado de trabalho. Os nossos meninos já são iniciados no curso de jardinagem e já têm vindo a desenvolver atividades nesse sentido. Aqui, tudo o que prepararem será destinado à associação».

O projeto foi realizado pelo Grupo Hubel, um grupo do Algarve com experiência e história na produção agrícola. Já a Universidade do Algarve colaborou com o saber técnico e consultadoria.