InPortugal 2020 em Paris incentiva empresas algarvias a participar

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Salão do Imobiliário e do Turismo Português em Paris surge com novo nome em 2020. Nona edição do certame acontece de 14 a 17 de maio, no Parque de Exposições da Porte de Versailles. Organização apela à participação do tecido empresarial algarvio.

O InPortugal surge da evolução do Salão do Imobiliário e do Turismo Português em Paris e apresenta-se em 2020 com uma ambição renovada.

«O evento continua a tratar as mesmas áreas, todavia necessitávamos de mudar o nome, já que a oferta no mercado hoje em dia é vasta e a realidade mudou», explica Ricardo Simões, diretor do evento, ao barlavento.

Isto porque os expositores vão muito além da área imobiliária, e promovem diferentes ecossistemas do tecido empresarial português. Este ano, o objetivo é mostrar os sectores da saúde e do ensino, mas também as startups ligadas aos serviços.

Ricardo Simões, diretor do InPortugal.

«Os preços subiram, a oferta é mais qualificada, o que obrigou a modernizar a abordagem. Há diferentes motivações para vir para Portugal, e nós tentamos orientar, informar e dar resposta» à procura. Neste aspeto, o responsável acredita que a presença algarvia é indispensável.

«O Algarve precisa de ser promovido no seu todo, sobretudo em áreas que podem ser exploradas tal como o turismo de negócios e o turismo residencial. Mas a região também pode crescer por via da captação de talento ao mostrar o que é que as pessoas podem beneficiar quando trabalham cá, por exemplo a qualidade de vida, a possibilidade de coworking, entre outros. Há também oportunidades de investimento na área da saúde» que devem ser divulgadas em França.

«Há uma margem de progressão imensa no Algarve, que ainda não carbura à mesma velocidade no inverno que no verão. Possivelmente isso talvez nunca venha a acontecer em pleno, mas a verdade é que há muito potencial ainda para crescer. Um crescimento neste sentido podia ser extremamente benéfico para os jovens da região. Por exemplo, eu sou algarvio, e quando era mais jovem não tinha oferta profissional no Algarve que se coadunasse com as minhas ambições. Hoje em dia situação já é diferente, mas ainda pode ser muito melhor», sublinha Ricardo Simões.

Outro objetivo para a edição de 2020 é mostrar novas soluções de mobilidade, já que a sustentabilidade que têm sido uma aposta dos vários municípios portugueses. Neste quadro, o tema das smart cities ganha especial relevância.

«Queremos quadruplicar o número de câmaras municipais, organismos regionais e comunidades intermunicipais presentes», diz ainda o responsável.

A nona edição do InPortugal vai contar com três dias e meio de exposição, numa uma área de 5000 metros quadrados e cerca de 200 expositores.

Terá ainda um programa composto por 40 conferências e apresentações, com temas que vão do investimento às novas tendências do mercado imobiliário, passando pelo empreendedorismo e fiscalidade.

O InPortugal tem como parceiros estratégicos a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa e a Fundação AIP.

Mercado francês cada vez mais forte em Portugal

O InPortugal é um salão internacional exclusivamente português, criado em 2012, direcionado para o público francófono que quer residir, investir, empreender, estudar ou visitar Portugal. Tem contribuído para o boom da procura francófona por bens imobiliários e de investimento em Portugal.

De acordo com a organização do evento, os franceses estão no topo da demanda, com um valor estimado de aquisições imobiliárias superior a 671 milhões de euros em 2018.

Também o fluxo de cidadãos franceses a entrar em Portugal registou, em 2018, um aumento de mais de 25 por cento, a segunda maior progressão constatada, sendo a comunidade francesa a sétima comunidade estrangeira do país (dados INE, setembro 2019).

Na área do investimento, há cerca de 750 empresas com capitais franceses em Portugal, que empregam cerca de 60 mil pessoas (dados da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa, 2018).

Números que têm tendência a aumentar, também devido às facilidades oferecidas para a fixação de empresas estrangeiras em território nacional, especialmente na área das novas tecnologias e serviços.

Em relação ao turismo, cerca de três milhões de franceses visitaram Portugal em 2018 (foram 600 mil em 2010), representando 13 por cento dos visitantes estrangeiros.

É a terceira nacionalidade de visitantes, atrás dos espanhóis e dos ingleses (dados da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa, 2018).