A greve nacional nas cantinas foi convocada para hoje, dia 10 de dezembro, pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.
O protesto abrangeu todo o sector das cantinas, refeitórios e bares concessionados, e segundo fonte sindical, «está a ter uma adesão de praticamente 100 por cento» nas escolas do Ensino Básico do 1.º ciclo do concelho de Lagos.
Durante o início da greve, as trabalhadoras estiveram a protestar junto à Escola EB1 Sophia de Mello Breyner Andresen e em frente à Câmara Municipal de Lagos, onde aprovaram uma moção.
«Os baixos salários, a precariedade, a falta de condições de trabalho e o incumprimento do Caderno de Encargos por parte da Uniself, empresa a quem a Câmara Municipal de Lagos concessionou o serviço de alimentação do 1.º ciclo do ensino básico daquele concelho, são alguns dos motivos que as trabalhadoras apresentam para justificar o grande descontentamento existente», informa o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve.
Desde 2003 que a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), associação patronal que representa as empresas deste sector, «recusa a revisão das tabelas salariais sem a retirada de direitos».
Segundo aquele sindicato, «a Uniself continua a não cumprir a carga horária mínima que consta do Caderno de Encargos e a Câmara Municipal de Lagos continua a permitir que a situação se arraste, com todas as consequências negativas que a situação acarreta para o rendimento e a saúde destas trabalhadoras e para a qualidade do serviço».
Agora, o Sindicato da Hotelaria do Algarve irá solicitar novamente uma reunião à Câmara Municipal de Lagos «para analisar a situação e exigir respostas concretas que possam contribuir para a resolução dos problemas existentes com toda esta situação».