FATACIL: Ministra da Agricultura elogia «qualidade» de produtos nacionais

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A FATACIL recebeu a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, para uma degustação e prova de espumantes cooperativos portugueses.

Após a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, foi a vez da ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, provar os sabores da região e conviver de perto com empresários portugueses na 42.ª edição da FATACIL – Feira de Agricultura, Turismo, Artesanato, Comércio e Indústria de Lagoa.

Numa tarde com temperaturas altas que têm sido comuns este verão no Algarve, Maria do Céu Antunes participou na degustação e prova de espumantes cooperativos portugueses, no dia 25 de agosto, que teve lugar no stand institucional da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP).

Ao lado do secretário-geral da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI), Francisco Silva, do presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação, e do presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, José Apolinário, a ministra salientou que o volume de exportações nacionais «está a atingir 1000 milhões de euros anuais».

Foto: Beatriz Maio/Open Media Group

Mostrando-se orgulhosa pelo trabalho desenvolvido em Portugal, Maria do Céu Antunes frisou que o país tem sido «exemplar na criação de condições para atingir este montante», dado que é uma nação de pequenos produtores, destacando-se pela «diferenciação dos produtos, não pela quantidade, mas pela qualidade», devido à estrutura organizativa pela qual se rege.

«As previsões que temos [na produção de vinho] na campanha de 2023/2024 a nível nacional é que podemos aumentar em oito por cento, ou seja, 7,4 milhões de hectolitros e aqui no Algarve, em concreto, a nossa expetativa é aumentar em cinco por cento a produção», esclareceu ao classificar estes como «valores claramente positivos».

No seu discurso, a ministra revelou que o Governo está a trabalhar em conjunto com a CONFAGRI para apresentar, «num futuro muito próximo», o novo modelo das cooperativas que é «determinante para um país como o nosso, onde a pequena propriedade e os pequenos agricultores são a maioria», referindo que Portugal pode ter como «fator de desenvolvimento a agregação dos agricultores através dos movimentos associativos ou, no caso, de poder um agricultor utilizar os instrumentos que tem à sua disposição, fazer a agregação de parcelas», uma ambição e incentivo do Governo que, segundo a mesma, se irá manter.

Foto: Beatriz Maio/Open Media Group

Ainda que tenha partilhado uma perspetiva positiva, Maria do Céu Antunes não escondeu a preocupação, a nível nacional, com a falta e o acesso à água por parte dos agricultores da região Sul que, neste momento, «está pior que o Alentejo», enfrentando uma «situação mais grave».

«Das 65 albufeiras hidroagrícolas que estamos a acompanhar, 60 têm mais 9% de capacidade armazenada do que tinham há um ano, o que nos dá uma segurança, mas temos duas albufeiras, do Arade e da Bravura, onde tivemos de encontrar forma de garantir, através de fundos, que as culturas permanentes podem continuar», expressou.

Aproveitando a vinda ao Algarve, a ministra visitou dois projetos locais: a Arvad, em Lagoa, e a Quinta de Mata-Mouros, em Silves que, a seu ver, «estão a fazer um investimento muito grande para poder ir mais longe em relação à quantidade e à qualidade de vinho».

Foto: Beatriz Maio/Open Media Group

Ao recordar que a região algarvia é «claramente vocacionada para o turismo», realçou que “quem hoje faz turismo não vem à espera só de apanhar sol e dar um mergulho nesta água maravilhosa, vem à espera de comer um bom peixe, uma boa carne, um bom doce tradicional e vem à espera de provar uma boa experiência a partir dos vinhos que aqui pode degustar».

A DRAP Algarve marcou presença em dois espaços, nomeadamente Agropecuário e Agroalimentar, ambos com a chancela «Amar a Terra», onde o foco foi a divulgação de raças autóctones e dos recursos endógenos da região, de acordo com o diretor regional da DRAP Algarve.

A FATACIL apresenta anualmente uma vasta exposição do trabalho de artistas de todo o país, uma programação musical diversificada, tanto no palco principal como secundário, e conta ainda com reconhecidos nomes a nível nacional e internacional do setor equestre.

Foto: Beatriz Maio/Open Media Group