Faro proíbe atividades recreativas na Praia durante estado de calamidade

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Medidas vigoram em todos os espaços públicos do município, até ao final do dia 14 de junho, enquanto se mantiver a situação de calamidade no território nacional. Horário de estabelecimentos também foi reduzido.

Na abertura oficial da época balnear, Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, marcou presença na Praia de Faro na manhã de sábado, dia 6 de junho, onde afirmou aos jornalistas que, naquela zona balnear, não estavam a ser cumpridas as leis.

«Ao longo desta semana constatámos que na praia haviam alguns operadores que continuavam a permitir acesso a novos clientes depois das 23h00 e não encerravam às 00h00. Aqui na praia, ao longo desta semana, houve vários ajuntamentos com jovens a beber, a fazer corridas, a divertirem-se, mas em excesso. Foi um pouco isso que tentámos combater».

Nesse sentido, a autarquia lançou na sexta-feira, dia 5 de junho, medidas a vigorarem enquanto estiver decretado o estado de calamidade nacional, que se prolonga até 23h59 do dia 14 de junho.

Passa então a ser proibido, em todo o concelho de Faro, e em especial em toda a área da Praia, qualquer atividade recreativa, de lazer e de diversão em espaços abertos, vias públicas, ou espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, bem como de manifestações de qualquer natureza.

Ainda como forma de minimizar a propagação do novo Coronavírus, a autarquia determinou a redução dos horários de todos os estabelecimentos públicos, para o período compreendido entre as 06h00 e as 24h00, sendo que a partir das 23h00 o acesso a novos clientes fica interdito durante os dias da semana.

Segundo Rogério Bacalhau, «o que definimos não é mais do que aquilo que já está na lei. Acima de tudo foi também uma chamada de atenção para que as pessoas se possam divertir, mas que os excessos não são compagináveis com esse divertimento».

O presidente, aos primeiros minutos da madrugada de sábado, horas depois de ter decretado as novas medidas, dirigiu-se à Praia de Faro, onde as diferenças foram já significativas. «Quando entrei na praia, às 00h03, estava tudo encerrado e havia calma. Embora houvessem miúdos a brincar e jovens a confraternizar, estavam a fazê-lo em segurança e esse é o nosso principal objetivo.

As últimas palavras do autarca foram um apelo à comunidade. «Não é preciso excessos para convivermos uns com os outros. Há convívios, há brincadeira, há diversão, há socialização – que são muito importantes – mas tem de se ter sempre em conta as regras que estão definidas. O objetivo é que as pessoas possam sair de casa, se encontrem com os amigos, mas que regressem às suas habitações em segurança. Ontem foi o primeiro dia e correu bem. Espero que as pessoas continuem a ter o bom senso e cumpram o que está definido porque é a segurança de todos que está em causa».