Faleceu ontem Jacinto Palma Dias, vítima de doença oncológica. Deixa uma obra de ensaios e livros sobre o Algarve.
Nascido em Castro Marim em 1945, Jacinto Palma Dias frequentou a Universidade de Coimbra, mas exilou-se em França após a crise académica de 1969, licenciando-se em História pela Université Paris VIII, em 1973.
Regressou a Portugal em 1975, dedicou-se ao estudo do Algarve contemporâneo, à arte da platibanda, e à agricultura biológica, na Quinta da Fornalha, onde há um dos mais antigos pomares de figueira do Sotavento algarvio.
Em 1994 publicou a sua primeira obra «O Algarve Revisitado». a que se seguiram «A metáfora da água, da terra e da luz na mitologia do Algarve arcaico» (1999), «Algarve em 3D», «Portugal antes de Portugal» (2016), «Estéticas e Inestéticas no Algarve contemporâneo» (2017), «A Caravela Portuguesa» (2019) e «Algarve Manifesto» (2019 2.ª Edição).
Jacinto Palma Dias, conhecido pela sua atividade intelectual, teve uma colaboração pontual com o barlavento e deixa dois artigos de opinião (parte 1 e parte 2) sobre as movidas modernistas que germinaram na região.
Segundo o barlavento apurou, o velório será domingo de manhã das 9 às 11 horas da manhã em São João de Deus, em Lisboa. A cremação será às 12 horas no cemitério do Alto de São João.
O barlavento endereça as mais sentidas condolências aos familiares e amigos. O Algarve fica culturalmente mais pobre.
