Edifício sede da CCDR Algarve recebe obras de beneficiação

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A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve está a investir nas obras de beneficiação e conservação do seu edifício sede, em Faro, no valor de 113 mil euros.

Tendo em vista garantir a manutenção das instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, os serviços procederam à verificação do estado do edifício sede e ao levantamento dos problemas que careciam de resolução imediata, sob pena de colocar em causa a conservação do edifício e o seu bom funcionamento.

Assim, está em curso uma empreitada que visa a execução de obras de beneficiação geral do edifício da sede da CCDR Algarve, a qual tem por finalidade a conservação geral do exterior do edifício e a reparação de elementos pontuais no interior.

A empreitada prevê a realização dos seguintes trabalhos:

  • Conservação geral e pontual no interior do edifício.
  • Impermeabilização de cobertura em terraço nas fachadas principais;
  • Remoção de sistema anti-pombos em todo o edifício e aplicação de novos sistemas;
  • Reparações e pinturas gerais no exterior do edifício.

Já este ano, a CCDR Algarve promoveu outra empreitada que incluiu a substituição das luminárias existentes e a instalação de lâmpadas economizadoras e equipamentos automáticos nas zonas comuns, visando a melhoria das condições de iluminação e a redução dos consumos de energia elétrica, através de introdução de sistemas de eficiência energética, a qual teve o valor de 21 mil euros.

Um edifício com história

Ao longo dos anos, o edifício sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve albergou a Junta Distrital da Província, criada pelo Estado Novo em 1936, a Junta Distrital de Faro (criada pela Lei n. º 2.100 de 29 de agosto de 1959) extinta em 1976 para dar lugar à Assembleia Distrital de Faro, onde estavam representadas as autarquias eleitas naquele ano e que manteve atividade até 1991.

Entretanto, é criada a Comissão de Coordenação Regional do Algarve em 21 de dezembro de 1979 que, por sua vez foi refundida com a extinta Direção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território, originando a atual Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve em 2004.

O edifício, da autoria do arquiteto Jorge Oliveira, situa-se em local à época escolhido segundo as orientações políticas do governo, em «lugar mais capaz e central do distrito».

Assim aproveitou-se um velho e degradado quarteirão para construir um novo edifício que rematasse com dignidade os eixos urbanos das ruas de Santo António, de Portugal e do Pé da Cruz.

Desenhado no âmbito da arquitetura então dominante, destacam-se vários elementos construtivos/ decorativos neoclássicos (as guarnições de vãos de pedra, mansarda com tapeíras, beirais de telha, cornijas, pináculos, entre outros) de palácios do barroco e do pombalino e, alguns regionais, como a açoteia e a platibanda.

Neste sentido, o arquiteto procurou criar uma imagem cenográfica que para além de representar o poder do Estado na região, pretendia «glorificar/homenagear as antigas raízes do Algarve».

Trata-se um bom exemplo de fachada marcada pelo eixo de simetria onde se destaca pelo seu simbolismo a grande porta de entrada, a janela e varandim de aclamação, o porta-estandarte e o grande brazão do Reino dos Algarves.

A partir deste eixo de simetria uma forte métrica de janelas hierarquizadas de acordo com o piso preenche as restantes fachadas dando uma escala e dominância visual que as restantes arquiteturas de acompanhamento urbano não possuíam.