O Festival MED acaba de anunciar mais 18 nomes de artistas confirmados para atuarem no centro de Loulé, entre os dias 29 de junho e 2 de julho.
A Câmara Municipal de Loulé, entidade que organiza o Festival MED, anunciou, na passada terça-feira, dia 16 de maio, mais 18 nomes, em representação de 12 países, que irão integrar o cartaz musical da 19ª edição.
Até agora, são já 35 os artistas conhecidos que, de 29 de junho a 2 de julho, irão atuar na Zona Histórica de Loulé.
Kabaka Pyramid (Jamaica), UDJAT convidam Pedro Jóia (Portugal), Balkan Taksim (Roménia), Nancy Vieira (Guiné-Bissau), Moonshiners convidam Samuel Úria (Portugal), Nicola Conte & The Spiritual Galaxy feat.
Zara McFarlane (Itália/Reino Unido), Monda (Portugal), Poil Ueda (Japão/França), La Sra. Tomasa (Espanha), Zeca Medeiros (Portugal), Jean Christian et le Quator des Rêve Enfouis (Canadá/Portugal), Tomoro (Japão), Caamaño&Ameixeiras (Espanha), Carpideira (Portugal), Svetlana Bakushina Quarteto Fusão (Rússia/Portugal), Miguel Calhaz (Portugal), Marco Martins´Low Profile (Portugal) e Venga Venga DJ Set + Live Act (Brasil) são os artistas que se juntam aos nomes divulgados no passado mês de março, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
Provenientes da Jamaica ou do Japão, de nações em guerra como a Síria, ou os sempre presentes PALOPs como a Guiné-Bissau, o Festival MED volta a apostar na multiculturalidade e nas sonoridades do mundo, dando a conhecer, em muitos casos, bandas até com alguma história ou projetos recentes.
Dos nomes anunciados, um dos destaques vai para o reggae: da terra natal deste estilo musical, a Jamaica, os Kabaka Pyramid, vencedores de um Grammy em 2022 pelo Melhor Álbum Reggae, perfilam-se como um dos nomes que irá alinhar no Festival MED.
Serão mais um dos artistas de reggae confirmados depois de, na primeira lista divulgada, ter sido anunciado um outro jamaicano, Horace Andy.
A lusofonia volta a estar em foco, e a guineense Nancy Vieira será uma das representantes deste universo linguístico. A artista já deveria ter atuado em 2022 mas, na altura, estava infetada com a COVID-19, o que levou ao cancelamento do concerto.
O destaque vai também para novas parcerias e concertos que, não sendo únicos, apenas tiveram lugar em situações pontuais, como é o caso de UDJAT que se junta ao guitarrista Pedro Jóia, ou os Moonshiners, que vão fazer um concerto especial ao lado de Samuel Úria.
Também não é a primeira vez que projetos nipónicos sobem ao palco do Festival MED, mas este ano o Japão vai estar em dose dupla, com os Tomoro, e também com a estreia nacional de Poil Ueda.
Nesta edição antevê-se um encontro improvável entre a banda francesa de rock/música contemporânea dos PoiL e Benoit Lecomte (baixista da banda Ni) e o cantor de música tradicional japonesa/tocador de satsuma-biwa Junko Ueda.
Já esteve em grandes palcos como o Rock in Rio e agora viaja até Loulé com uma proposta que não deixará ninguém indiferente. Omar Souleyman, uma lenda da música síria, que reside na Turquia desde 2011, ano em que abandonou o país Natal, devido à guerra, faz uma criativa abordagem eletrónica à música tradicional.
Estes são nomes que irão atuar nos quatro palcos principais do Festival – Matriz, Cerca, Castelo e Chafariz, mas também no Palco Hammam (adjacente aos Banhos Islâmicos).
São 12 os pontos de atuação distintos
No entanto, no total serão 12 palcos, «não necessariamente estruturas físicas mas pontos de atuação, alguns itinerantes», explicou Carlos Carmo, diretor do evento e vereador do município de Loulé.
Durante a apresentação, este responsável destacou a «diversidade cultural e musical como a grande riqueza do Festival MED».
Mas também o facto de ser «uma experiência para quem aqui vem», não só em termos do ambiente e do espaço público que envolve, mas também «pela elasticidade que o MED proporciona em termos musicais».
«Hoje pudemos ver isso mesmo, diversos géneros musicais, de várias partes do globo, mas com um ponto comum: uma grande qualidade musical e um cartaz que está num dos patamares superiores dos últimos anos», disse.
O Festival MED também rima com sustentabilidade e todas as preocupações ambientais que estão há já vários anos incorporadas neste evento, até com uma componente pedagógica para o público, abraçam agora um novo desafio, os objetivos para o desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.
«O evento compromete-se a cumprir 7 ODS, ligados não só à sustentabilidade ambiental». São eles a da igualdade de género (ODS 5); trabalho digno e crescimento económico (ODS 8); reduzir as desigualdades (ODS 10); cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11); produção e consumo sustentáveis (ODS 12); ação climática (ODS 13) e parcerias para a implementação dos objetivos (ODS 17).
Ainda há novidades na calha
O ano de 2023 será de «consolidação» de algumas alterações que têm acontecido ao longo dos anos e de «aprimorar» questões organizativas, como adiantou o diretor.
O regresso do Calcinha como um dos «palcos», depois de um ano de encerramento para obras, a mudança do espaço onde decorre o Cinema MED e a reabertura da entrada pelo interior do Mercado, funcionando nesta edição três entradas no recinto, são algumas das novidades.
Em 2024, o Festival MED celebra duas décadas de existência e Carlos Carmo garante que, neste momento, já se trabalha preparação dessa edição «para que seja ainda mais especial, mais cuidada, com muitas novidades e surpresas».
Mas em relação à 19ª edição do Festival MED, o município irá anunciar mais novidades já no dia 26 de maio, pelas 18h30, no Café Calcinha, nomeadamente as parcerias com os agentes associativos locais.
Já a 2 de junho, pelas 21h00, no Cineteatro Louletano, a guineense Eneida Marta é a artista convidada do concerto daquela que será a última apresentação.
Refira-se que os bilhetes estão à venda na plataforma BOL e no Cineteatro Louletano, em valores de pré-venda até ao início da semana do evento.