COVID-19: novo recorde de infeções com 3669 novos casos em Portugal

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Portugal regista hoje 3669 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e mais 21 mortes relacionadas com a COVID-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). No Algarve há 2427 (+ 54) casos.

A capacidade máxima de resposta dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para assistência na pandemia é de cerca de 17700 camas, segundo esclareceu a ministra da Saúde, Marta Temido.

Em declarações prestadas ontem na conferência de imprensa de atualização sobre a evolução da pandemia, a governante recordou que as unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde dispõem de uma capacidade total de cerca de 21 mil camas, mas que nem todas podem ser enquadradas num contexto de resposta potencial, pelo facto de estarem incluídas nesse número hospitais especializados, como unidades psiquiátricas

«Para efeitos de resposta potencial, estas são 19700 camas em hospitais gerais: 34 por cento no norte, 21 por cento no centro, 36 por cento em Lisboa e Vale do Tejo, 4 por cento no Alentejo e 5 por cento no Algarve».

«Das cerca de 19700 camas, algumas não podem ser consideradas para resposta a picos de afluência, com camas afetas a acidentes vasculares cerebrais, problemas coronários ou neonatologia. Por regra, para a nossa contabilização são contabilizadas apenas camas médico-cirúrgicas, ou seja, 17700. Esta é a capacidade máxima», afirmou.

Marta Temido vincou que a gestão do número de camas para internamento «é dinâmica e relativamente flexível» e que os hospitais do SNS «dispõem de 1021 camas de cuidados intensivos e 566 de cuidados intermédios», embora também estas tenham de ter uma parte reservada para doentes com outras patologias, como doentes coronários ou «casos específicos» graves.

O reforço da capacidade hospitalar em termos de ventiladores foi também enfatizada pela governante, que compareceu hoje pela primeira vez sozinha no briefing sobre a pandemia, ao explicar que Portugal tinha no início da pandemia 1142 ventiladores e que desde março foram distribuídos mais 749 equipamentos de ventilação assistida, elevando o total atual para 1891.

«A preocupação com a capacidade de resposta do SNS é constante», assumiu Marta Temido, que reiterou ainda que todos têm o dever de não contribuir para a transmissão de infeção, «num momento difícil de evolução da pandemia em Portugal e na Europa, em que os próximos dias se anteveem complicados».

Portugal regista hoje 3669 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e mais 21 mortes relacionadas com a COVID-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). No Algarve há 2427 (+ 54) casos.