COVID-19 marcou 52 por cento do excesso de mortalidade em Portugal

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As mortes associadas à doença COVID-19 representaram 52 por cento do excesso de mortalidade verificado em Portugal entre março e dezembro de 2020, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o boletim do INE sobre mortalidade em contexto de pandemia, entre 2 de março de 2020, data em que foram diagnosticados os primeiros casos com a doença COVID-19 em Portugal, e 27 de dezembro de 2020, registaram-se 99.356 óbitos em território nacional, mais 12.852 óbitos que a média no mesmo período dos últimos cinco anos.

Destes, 52,0 por cento (6.677) foram óbitos por COVID-19.

Nas últimas quatro semanas (30 de novembro a 27 de dezembro) registaram-se mais 1 884 óbitos que a média.

Nestas semanas registaram-se 2.172 óbitos por COVID-19, superando em 15,3 por cento, o aumento de óbitos relativamente à média das semanas homólogas de 2015-2019.

Do total de óbitos de 2 de março a 27 de dezembro, 49.453 foram de homens e 49.903 de mulheres, mais 5.833 e 7.019 óbitos, respetivamente, que a média de óbitos no período homólogo de 2015-2019.

Mais de 70 por cento dos óbitos foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos.

Comparativamente com a média observada no período homólogo de 2015-2019, morreram mais 10.886 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 8.038 com 85 e mais anos.

Os maiores acréscimos ocorreram mais frequentemente na região norte, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa.

Do total de óbitos registados entre 2 de março e 27 de dezembro de 2020, 60.024 ocorreram em estabelecimento hospitalar e 39.332 fora do contexto hospitalar, a que correspondem aumentos de 5.650 óbitos e 7.202 óbitos, respetivamente, relativamente à média de óbitos em 2015-2019 em período idêntico.

Neste período, 56,0 por cento do acréscimo de óbitos ocorreu fora dos hospitais.

Contudo, desde a semana 44 (26 de outubro a 1 de novembro) o maior acréscimo de óbitos registou-se nos hospitais.