O Plano de Contingência do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) esgotou 80 por cento da capacidade da fase 3 em três dias, o que levou hoje à abertura de um hospital de campanha no Portimão Arena.
Começou a funcionar esta tarde, no Pavilhão Portimão Arena, o Hospital de Campanha dedicado a doentes COVID-19, denominado «CHUA Arena», uma estrutura com capacidade até 100 camas.
A unidade provisória surge para colmatar a falta de espaço nas unidades de Faro e Portimão do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), depois de ter sido esgotada a Fase 3 do Pano de Contingência de resposta à COVID-19, iniciada na sexta-feira, dia 8 de janeiro.
«A fase 3 chegou a 80 por cento da capacidade neste fim de semana nas duas unidades do CHUA, de Faro e Portimão. Foi uma questão de três dias. Agora temos de avançar para fase a seguinte», disse ao barlavento Ana Castro, médica oncologista e atual presidente do Conselho de Administração do CHUA.
«Temos estado a preparar este espaço nas últimas 24 horas. Estão agora a chegar os primeiros dois doentes do Algarve e vamos responder às solicitações de outras que regiões» que estão a pedir internamento para os pacientes vítimas da pandemia.
Implementada, estruturada e apetrechada técnica e logisticamente, esta estrutura de apoio e de retaguarda aos hospitais ficou operacional num curto espaço de tempo graças ao empenho e trabalho conjunto entre as equipas do CHUA, da Câmara Municipal de Portimão e da Autoridade de Proteção Civil, contando ainda com o apoio da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.
A gestão clínica do espaço e o tratamento dos doentes fica sob a responsabilidade das equipas médicas, de enfermagem, técnicas e auxiliares do CHUA, estando também previsto um reforço de contratação de recursos humanos.
A estrutura provisória funcionará como unidade de retaguarda pelo que apenas receberá doentes que lhe sejam encaminhados pelas unidades hospitalares do CHUA e com critérios específicos definidos pelas equipas clínicas.
E se esta medida não for suficiente? «Haverá mais soluções. Um passo de cada vez. Penso que as pessoas não precisam de ficar ansiosas. O que é importante é que cumpram com as regras da DGS para podermos fechar este hospital de campanha o mais rápido possível. Se as pessoas cumprirem, não vemos precisar de mais nada. Se não cumprirem, então, nada será suficiente, nunca», concluiu Ana Castro.