Jogo de amanhã, frente à Lituânia, marca o regresso da seleção nacional ao Estádio Algarve, onde em setembro de 2018 defrontou a Croácia, num jogo amigável que terminou empatado.
O selecionador nacional Fernando Santos fez hoje a antevisão desta verdadeira final para o apuramento direto da equipa das quinas para o Euro 2020, que se disputa amanhã, às 19h45, e que terá arbitragem do francês Ruddy Buquet.
A acompanhar o técnico estava Rúben Neves, jovem médio formado no FC Porto e que representa atualmente os ingleses do Wolverhampton.
E foi mesmo o atleta que começou por usar da palavra, afirmando que a equipa das quinas está «preparada» e consciente «das dificuldades que vamos ter pela frente, com um adversário «defensivo, sempre a tentar explorar o contra ataque».
Questionado sobre a sua apetência para os golos de meia distância, e de que forma isso pode ser uma ajuda para a equipa amanhã, Rúben Neves desvalorizou e preferiu focar a importância «de ajudar a equipa. Não importa quem marca, importa é ganhar. Não estou focado nos golos».
E, numa altura em que a situação física de Cristiano Ronaldo tem sido debatida por todo o lado, o médio do Wolves disse que a estrela portuguesa «treinou bem e está completamente preparado. Podemos esperar o Ronaldo de sempre», garantiu aos jornalistas.
E foram precisamente as perguntas sobre Ronaldo que irritaram Fernando Santos, treinador que levou a seleção nacional ao auge no Euro 2016. O técnico chegou mesmo a pausar a conferência de imprensa, para avisar que não responderia a mais questões sobre Ronaldo. «Tudo isto só é assunto porque é o Ronaldo. Se fosse outro jogador, ninguém dizia nada», atirou.
Mas lá confessou que o atleta da Juventus «está bem e vai jogar. Foi convocado por isso».
Fernando Santos admitiu que existe no adversário, a Lituânia, uma motivação extra «por defrontar o campeão europeu, que é comum a todos os conjuntos que defrontamos».
No entanto, «com maior ou menor dificuldade, vamos ganhar», certificou o técnico, que aproveitou ainda para explicar a estratégia para o jogo: «Fazer o que fizemos em quase todo o jogo, na Lituânia. Nos primeiros 20 minutos fomos avassaladores, depois tivemos um curto período menos bom, mas na etapa complementar voltámos a controlar. Temos de ter uma dinâmica ofensiva e explorar bem os espaços, mostrando capacidade para ganhar os duelos individuais».
Sobre a pressão imposta por um recinto lotado, como estará amanhã o Estádio Algarve, Fernando Santos foi taxativo: «Pressão? Só da boa. É sempre bom sentir o apoio do público».
Apesar da capacidade do recinto se cifrar perto dos 30 mil lugares, foram postos à venda apenas perto de 20 mil bilhetes, que já estão esgotados. É que, em partidas oficiais UEFA, só podem ser ocupados os lugares assentes em betão, e não em estrutura amovível. E nos topos do recinto algarvio, apenas as cinco primeiras filas cumprem essa norma. Não será de estranhar, por isso, a ausência de público nesses locais.
