Segundo Paulo Morgado, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, o hospital de campanha montado no Portimão Arena será dispensado quando a pandemia abrandar.
«A enfermaria da fase IV que está sediada no Portimão Arena será desativada. Neste momento tem à volta de três dezenas de doentes internados, mas quando chegarmos a uma fase mais confortável de um número de casos na região, será desativada», disse hoje aos jornalistas Paulo Morgado.
O responsável falava durante a conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica do Algarve, que decorreu esta manhã, nas instalações do Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, em Loulé.
«É algo que está previsto. Ainda não há uma decisão sobre a data, ainda é um bocadinho cedo, mas sendo uma estrutura provisória, será desativada quando for entendido que é necessário. Não significa, obviamente, que os equipamentos que lá estão sejam completamente desmontados porque se há coisa que sabemos é que esta epidemia já nos surpreendeu várias vezes e ainda nos pode vir a surpreender no futuro», disse ainda.
«É bom que todos tenhamos a noção que esta doença veio para ficar, vai cá ficar durante muitos anos. Temos sentido várias ondas de casos e no futuro poderemos ter ainda pelas questões das variantes e por outras questões sobre as quais ainda não se sabe tudo. Temos de estar preparados para situações que possam vir a ocorrer no futuro».
Jorge Botelho, secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local. Modernização do Estado e da Administração Pública e coordenador do estado de Emergência no Algarve, também deixou uma palavra de esperança.
«O número de casos está a baixar tanto na frente dos contágios como na frente hospitalar. Este tem sido um confinamento bem sucedido na região. Acho que as pessoas se aperceberam da situação em que estavam e em que estão. Vamos ter de continuar a controlar as nossas mobilidades, cumprindo as regras e as forças de segurança terão de fazer o seu trabalho para que estes números continuem a baixar de forma sustentada e que os números mais baixos permitam projetar aquilo que é a região no futuro em termos de economia e naquilo que é a nossa vivência», disse.
«Apesar dos números serem mais baixos, não quer dizer que devemos ter diferenças em relação aos nossos comportamentos. As metas são baixar substancialmente, para que não tenhamos a contingência de subir e descer. Até março já sabemos como vai ser a nossa vida. Temos todos de fazer a nossa parte como fizemos nos últimos 15 dias. Os resultados são visíveis. Obviamente que todos sofremos, custa, mas o desafio é mesmo esse».