O Chega critica a proposta aprovada sobre a Estratégia de Regeneração Urbana de Faro, afirmando tratar-se de «perversa» e com o único objetivo de aumentar as receitas.
Na última Assembleia Municipal de Faro, realizada na passada quarta-feira, dia 7 de dezembro em Estoi, um dos assuntos a votação tratou-se de uma proposta que define o que são os prédios devolutos na cidade de Faro, no âmbito da Estratégia de Regeneração Urbana.
Para a Direção Distrital de Faro do partido Chega, «esta é uma proposta que não tem outro objetivo que não seja o aumento de receita, um aumento que irá já aparecer no próximo orçamento para o ano de 2023».
E explicam: «o que está em causa é a triplicação do IMI para habitações devolutas, tanto degradadas como não degradadas».
O aumento é «motivo de repúdio» para o Chega, e o critério de decisão é «inadmissível», uma vez que surge «com base nas informações de consumo da Fagar, com a existência ou não de contratos com energéticas e empresas de comunicações».
No comunicado enviado para a redação do barlavento, a força política afirma que a proposta 409/22 «não resolve os problemas das habitações degradadas na cidade de Faro, não resolve problemas urbanísticos nem sociais», classificando-a mesmo como «perversa».
Ainda assim, trata-se de uma proposta que foi aprovada em Assembleia Municipal de Faro, apenas com um voto contra, o do partido Chega.
«Defendemos a abolição deste imposto e consideramos abusivo e intolerável a triplicação do mesmo. Não é a extorquir dinheiro a quem tem um imóvel devoluto ou degradado que o executivo vai resolver a questão da recuperação urbana», apontam.
«Assim se verifica, mais uma vez, que a direita faz de esquerda e a esquerda faz de direita, o centrão unido para continuar a sacar mais dinheiro aos contribuintes locais e, como já é pouco, desta vez é a triplicar. Paga Farense! Chega desta vergonha!», lê-se ainda na nota.