CDU leva problemas da pandemia à Assembleia Municipal de Faro

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Comunistas questionaram a autarquia sobre diversas matérias.

A Coligação Democrática Unitária (CDU/PCP-PEV), por via dos seus eleitos na Assembleia Municipal de Faro, levantou no dia 15 de maio, sexta-feira, vários problemas «com que as populações estão confrontadas face às medidas de prevenção e combate ao surto epidémico COVID-19».

Das várias intervenções dos comunistas, destacam-se três questões de ordem geral «e uma específica relacionada com a ausência, até ao momento, de resposta por parte da Câmara Municipal de Faro».

A força política «valorizou o desempenho do Serviço Nacional de Saúde na região e dos seus profissionais, confirmando-se como o único instrumento capaz de combater o vírus».

«Por mais hospitais e clínicas privadas como as que se têm vindo a instalar na região à custa dos recursos públicos, por mais seguros de saúde que nos queiram vender, é com o Serviço Nacional de Saúde que as populações algarvias podem e devem continuar a contar», atirou a CDU na ocasião.

Os problemas dos trabalhadores também estiveram presentes nas intervenções. Foi feita uma saudação «a todos aqueles que, mesmo em situações de risco, continuaram a combater o vírus e a fazer o país funcionar. Mas a vaga de despedimentos que se está a desenvolver na região do Algarve, atingindo com particular gravidade o setor do Turismo – da hotelaria à restauração, do comércio aos transportes e atividades de lazer e entretenimento – mas também outros exigiria outra resposta da parte do Governo», lamenta o partido.

Para a concelhia farense da Coligação, «a defesa dos direitos dos trabalhadores é parte integrante da resposta social, mas também, da resposta económica que é necessária dar. Só protegendo os salários e rendimentos será possível assegurar o funcionamento do mercado interno e impedir o seu colapso na região».

A CDU exigiu também «que se agilizem e mobilizem apoios aos Micro, Pequenos e Médios Empresários na região e no concelho. A situação com que estão confrontados centenas deles – restaurantes e bares, pequeno comércio, alojamento, feirantes, táxi, aluguer automóveis, atividades culturais e de entretenimento, construção civil, agências imobiliárias, etc – é de enorme preocupação».

Para esta força política «os próximos meses vão continuar a colocar no centro da intervenção autárquica os aspetos resultantes das medidas de combate e prevenção ao surto epidémico, associadas ao restabelecimento progressivo da atividade económica e da vida social. Entre essas medidas, impõe-se repor rapidamente, em pleno funcionamento, os transportes públicos, designadamente os transportes escolares, até para não prejudicar os alunos e profissionais que iniciam aulas presenciais no dia 18 de maio».

Em jeito de conclusão, a CDU referiu saber «que até à passada sexta-feira não estavam ainda garantidos os transportes públicos por parte da autarquia [de Faro], podendo, numa matéria que é da sua competência, dificultar a regresso de uma parte dos jovens às aulas (já a partir de hoje, dia 18) mas também daqueles que precisam destes transportes para ir trabalhar», tendo por isso «questionado directamente o presidente da Câmara sobre essa matéria».