Lagos queixou-se à Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve acerca do défice de resposta nos cuidados de saúde primários no concelho.
A Câmara Municipal de Lagos oficiou a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve para fazer eco do descontentamento, que tem vindo a ser manifestado pela população lacobrigense, face ao défice da capacidade de resposta na prestação de Cuidados de Saúde Primários no Centro de Saúde de Lagos.
A autarquia admite que esta situação está diretamente interligada com a extinção da Unidade de Saúde Familiar «USF Amendoeira» e com a falta de soluções eficazes para colmatar a ausência dos serviços que eram anteriormente prestados por esta estrutura.
Entre as principais queixas dos utentes estão a falta de médicos de família, o número insuficiente de consultas do dia que é disponibilizado e as longas filas de espera que se formam até à hora de abertura do serviço para tentar a sorte e obter uma consulta.
«Não ignorando que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vive uma mudança estrutural, debatendo-se com constrangimentos de diversa ordem e que os recursos humanos, técnicos e financeiros devem ser geridos de forma equilibrada e sob os princípios de uma boa gestão», o município defende, no entanto, «que o SNS não pode deixar de prosseguir os objetivos para que foi criado e responder às dificuldades que estão a condicionar o acesso digno e confortável das populações aos cuidados de saúde a que têm direito».
Assim, «no espírito da boa cooperação institucional que sempre tem existido», a Câmara reafirma a sua convicção de que a ARS Algarve, «com o apoio de todas as estruturas orgânicas da Saúde no Algarve e do Barlavento algarvio, saberá responder de forma célere às prementes e urgentes questões colocadas pela população», das quais o município é o seu legítimo porta-voz.