Albufeira voltou a celebrar o Dia da Espiga com um programa de atividades culturais que juntou crianças, adultos e seniores a celebrar as tradições.
Uma vez mais, o município de Albufeira, através do Clube Avô e do Centro Educativo do Cerro d`Ouro, assinalou o Dia da Espiga, iniciativa que juntou miúdos e graúdos num convívio intergeracional destinado a celebrar as tradições.
Na Quinta-feira da Ascensão, Dia da Espiga, 18 de maio, como manda a tradição, o dia começou com uma caminhada pelo campo para colher a espiga
«Quem tem trigo de Ascensão, todo o ano terá pão», diz o velho ditado que normalmente acompanha o ramo da Espiga.
Refira-se que as espigas de trigo representam o pão e a fecundidade; a papoila significa amor, vida; o malmequer, a riqueza e prosperidade; a oliveira, a paz e a luz Divina, o alecrim, a saúde, força e resiliência e a videira, o vinho e a alegria.
De acordo com os antigos costumes, o ramo, constituído por estes cinco elementos deve ser colocado atrás da porta da entrada de casa, sendo substituído apenas no ano seguinte, para dar sorte e prosperidade ao lar.
Cláudia Guedelha, vereadora responsável pelos pelouros da Ação Social e da Educação da Câmara Municipal de Albufeira, fez uma pequena intervenção no âmbito do evento, onde aproveitou para explicar o significado do Dia da Espiga a todos os participantes.
«Quinta-feira da Espiga celebra-se a Ascensão de Cristo, o dia em que Jesus subiu ao céu. A comemoração desta data ocorre no 40.º dia após o Domingo de Páscoa; ou seja, calha sempre numa quinta-feira, pelo que, também, é conhecido como Quinta-feira da Ascensão», referiu.
«O Dia da Espiga simboliza prosperidade e por isso as pessoas colocam o ramo atrás da porta principal da casa para que nela nada falte; o que encerra um forte simbolismo, sobretudo nos tempos que correm de enormes desafios e dificuldades para as famílias», acrescentou.
A autarca disse ainda estar muito grata por, uma vez mais, reunir no Centro Educativo do Cerro d`Ouro mais de três centenas de participantes, entre seniores e crianças, «num convívio intergeracional que tem por objetivo recuperar tradições».
Após a caminhada e a apanha da espiga, deu-se início à abertura dos diversos ateliers.
Adultos e crianças prepararam os ramos e participaram nas diferentes atividades programadas, com destaque para o envolvimento dos mais pequeninos no cantinho dos apicultores e das ervas aromáticas, participação em diferentes tarefas ligadas ao ciclo da produção e apanha da alfarroba, confeção de bolachas de alfarroba, amassar e provar o pão e a visita às várias valências do Centro Educativo do Cerro d`Ouro (Escola de outrora, exposição e oficinas).
O programa integrou, ainda, a atuação dos alunos da professora Ana Lúcia Silva, com «Danças do Mundo» e dos alunos da professora Ana Rita Arvela com o Grupo de Cantares, ambos do Clube Avô de Albufeira; da Tuna da Academia do Saber de Quarteira; do Grupo Coral AIMA – Academia da Idade Maior de Albufeira, música ambiente e um almoço partilhado, onde o pão que foi servido na refeição saiu quente diretamente dos fornos do Centro Educativo do Cerro d`Ouro.
Destaque também para a participação de dois grupos de alunos do 1.º ciclo da EB1 de Fontainhas e dois grupos do Jardim de Infância da Avenida do Ténis.
A vereadora Cláudia Guedelha ficou bastante feliz com as atividades realizadas por miúdos e graúdos, tendo sublinhado que as mesmas «são muito importantes para as crianças e para os mais velhos, quer a nível do desenvolvimento físico quer mental», tendo aproveitado a ocasião para agradecer a todos os técnicos da autarquia que deram o seu melhor para que tudo corresse bem.
A autarca despediu-se com a promessa de voltar a celebrar o Dia da Espiga no Centro Educativo do Cerro do Ouro no próximo ano.